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Espigueiros, Eiras e Canastros do Passado

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  Por vários lugares e freguesias do nosso Concelho, sempre nestes  tempos existiam estes Espigueiros, Canastros e Eiras, para a recolha  das espigas, palha, centeio e todo o tipo de sementeira que se cultivava  ano após ano, nestes solos verdejantes e férteis, que se produziam pelo  esforço dos seres humanos, bois e vacas, charruas, semeadores e  arados, que após a sua colheita seguiam nos carros de bois, carretas ou  cestos de verga, que eram devidamente feitos para tal, pelos nossos “c anastreiros", espalhados por vários locais no  fabrico artesanal e em quantidade, que por encomenda, ou mesmo nas  feiras dos 9 e 23, os vendiam a publico. Espigueiros assim como os canastros, tiveram a sua quase extinção  entre todos nós, e que por infelicidade serão cada vez menos, e alguns  deles se encontram ao abandono, cobertos de silvado e outras ervas d aninhas,  e os poucos que temos entre nós, muitos deles estão com  poucas espi...

A casa do Senhor Lopes

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Hoje é o Café Restaurante Sombrinha e sua habitação,  porque no passado foi sempre a habitação do senhor Lopes e seus  familiares, já que nos fundos e durante longos anos, foi inquilino, o  senhor Jarra com seus filhos, que vindos do lugar de Sandiães- Rogê, todos os dias apeados ou de boleia, mas o pai chegava  sempre na sua bicicleta pedaleira e abriam os fundos desta casa  para o arranjo de todo o tipo de bicicletas pedaleiras e máquinas  de sulfatar, que o " o pai jarra" era perito em consertá-las. Eram de  todas as marcas, mas mais as Hipólito, de Vagos. Mais tarde começou também nas motorizadas, com a mestria de  todos os seus filhos, que sempre o acompanharam neste ramo de  negócio e que se estabeleceram nos lugares da Aguincheira,  Macieira de Cambra, e atualmente nas Dairas de Castelões, já  neto. Tivemos também neste prédio, por longos anos, a Peixaria do  Manuel Augusto Almeida " Lordelo" e dona Isabel Carvalho, que...
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 Gandra — Vila Chã, anos 1914, onde nos apresenta as feiras, a 9 e 23  de cada mês, e que remonta ao século vinte, quando já se  comercializava de tudo neste local, assim como nas outras artérias da  Freguesia, que mais para tarde também foi Campo de Futebol e passados  anos, passou a ser Vila, dando lugar à Construção do Edifício dos Paços do  Concelho, que ainda hoje estão ao serviço da população. Mas as feiras desses tempos passados, não mais foram iguais, porque  nessas épocas, elas circulavam pela feira dos ovos, Estrada Nacional 227,  Avenida dos Combatentes ( hoje Av. Camilo Tavares de Matos), Rua Doutor  Domingos de Almeida Brandão, Travessa Padre Manuel de Oliveira e a  Feira do Gado (hoje Camilo Castelo Branco), estas sempre foram as  principais que apresentavam ao público, tudo aquilo que ele pretendia,  assim como na gastronomia, variadíssimas barracas com peixe frito,  comidas diversas e nunca faltava o saboro...

O Senhor Armindo das Quintas e o Senhor Bento das Uchas

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Duas figuras muito marcantes no ramo de Vinhos e Gado. O Senhor Armindo das Quintas, enorme figura na produção de Vinhos  Brancos que se tornaram muito famosos em Vale de Cambra, que teve  como seus distribuidores os senhores  Joaquim da Benvinda, Leonel do  Café Avenida e o senhor Olímpio Costa. Estes os mais consumidores para os seus estabelecimentos. Depois mais  tarde os comerciantes e revendedores, o senhor Saúl Lima, Agostinho de Lordelo e o Carlos da Tia Irene, foram os mais escoadores destes vinhos  brancos adamados, que rapidamente conquistaram a população de terras  de Cambra. Este senhor Armindo além de potente vinicultor também procurava em  lugares muito próximos do seu as melhores colheitas como o eram  Conlela, Bispeira, Lourizela, Parada e mesmo Ervedoso. Passados anos, na sua propriedade junto à Estrada Nacional 227, mandou  construir uma casa para habitação e que nos seus fundos era um  autentico armazém para os pi...

Bilhas de Transporte de Leite

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Foi modelo igual a esta que, nos anos 50 eu esperava  junto da Barbearia Martins, a Camioneta da Firma Martins &  Rebelo, conduzida por vários motoristas, mas o que mais me  transportava era o senhor Abraão Ferreira, que ia apanhar o  leite até à  Gralheira neste tipo de bilha e que também juntava  muitas das vitelas que o meu pai dias antes as tinha adquirido e  que mandava com umas cordas apanhar de curral em curral e das  quais, muitas que me acompanhavam o senhor José Vieira de  Souto Mau e o senhor Zé do Padre de Arões. Deixávamos umas nas Lameiras, junto da Casa dos  Cantoneiros, e do senhor Pinto Cantoneiro, e outras em Campo de  Arca, presas à Cerejeira defronte à loja tasca do senhor José  Maria. Então estas vitelas eram colocadas na Camioneta do Leite e junto  a Bilhas iguais, que eu, tinha a preocupação de evitar que a sua  sujidade caísse em cima das Bilhas e apanhava nas mãos e de  imediato jogav...

As Motorizadadas com Motor Auxiliar

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Muitas décadas se passaram, após o aparecimento destas “LUTES e outras que apareceram no nosso Concelho. Comercializadas, pelos seus agentes oficializados como o foram: o Senhor  Adelino Tavares, Umbelino Fuste, Urgel Costa Leite, Agência Comercial de  Cambra e outras nos arredores.  Esta e o seu dono senhor Diamantino Luís de Almeida, que prosa nela na  Avenida Camilo Tavares de Matos, mesmo defronte à sua casa e  Estabelecimento, conhecido pela  “ Tia Quitas da Calistra sua esposa, que  além deste tinham também um Talho no Velho Mercado Municipal e  como do seu casamento não tinham filhos, foi ao seu irmão Ângelo buscar  dois dos seus filhos os mais velhos, que os batizaram e lhes ofereceram  toda a sua guarida, nunca lhes faltando com nada, como foi o caso desta  motorizada, que foi especialmente adquirida para o seu afilhado com o  mesmo nome e entre nós era imensamente conhecido como o  “ Diamantino da Calistra o Monh...

Foto Sousa

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O Foto das Escadinhas do Moradal, que ficou em substituição do seu pai neste Ramo de        " Fotografias em Vale de Cambra, como os Melhores". Quando enviuvou, vinha todos os dias almoçar ao Restaurante o "Conquilha” de José Pinto, na Avenida Camilo Tavares de Matos, onde eu, quando acabava também de almoçar, vinha tomar o meu Café e comecei por me sentar na mesma mesa, dialogávamos bastante e de vez aquando ele, me trazia uns negativos e perguntava " -Ó Gomes isto diz-lhe alguma coisa?” Eu verificava, e quando analisava que eram pessoas familiares ou conhecidos dizia que sim e ele, no dia seguinte trazia as fotos, que tinha mostrado assim como outros, referentes ao nosso Concelho, neste envelope e com a sua devida importância a pagar. Este senhor Alberto Fotógrafo, foi sempre um exemplo para o nosso povo em tudo o que era fotografias, a preto branco e suas especiais retocares nas mesmas, tudo era feito mo seu habitar. Em casamentos, batizados e outros eventos, co...

Veículos Movidos a Broa

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Veículos, que se moviam pelo esforço do seu dono, com mudanças ou sem elas, percorriam  todo o Vale de Cambra, nado em passeio mas sim para a sua luta dia a dia, nos seus empregos  das Fábricas e Comércios, assim como para os campos, no granjear das suas vidas. Estas bicicletas, mais tarde para circularem na via publica, os seus condutores tinha que se  munir de uma licença de condução numerada e com o carimbo do chefe da secretaria da  Câmara Municipal, depois do exame feito pelo saudoso “ António Coelho do Areeiro e outros  fiscais Camarários, que também estavam autorizados para essas provas em publico e coma  presença dos mesmos, a verificarem se tinham condições para a aquisição deste documento  ou não. Estas leis se passaram nos anos cinquenta, a inspeção dos mesmos, era obrigatário estarem preparados com o farol e dínamo, para de noite indicar as suas presenças, assim com a  campainha ou corneta (gaiata), para dar sinal que ali seguia um vei...

Neve em Vale de Cambra

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Foi já há longos anos, que sentimos em todo o nosso solo, este manto de “ NEVE ”, que nos deixou entusiasmados pelo seu aparecimento em tanta quantidade, que mesmo a “ Vila ”, em todos os seus acessos só tínhamos mantos brancos como o mostra as fotos, na Rua da Fabrica, as escolas chegaram mesmo a encerrarem por situações muito difíceis para a deslocação dos seus alunos às mesmas. Nas partes mais altas do nosso Vale, era mais complicado, pois chegou-se a não poder usar-se as viaturas na sua circulação, motivado pelas enormes camadas de neve, que cobriam por completo as estradas e caminhos, por onde as viaturas circulavam para os seus trabalhos diários e toda e qualquer situação das suas vidas. Cruzeiro do Santuário de Nossa Senhora da Saúde É mesmo apeados, era também preocupante, porque a Neve era bastante e em grande volume, o gado não saiu para o monte e os seus habitantes na maioria ficar isolados, foi sem duvida um dos maiores mantos de NEVE, no nosso Concelho. Se o motorista e se...

Caminhos d' Outrora

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 Ranchos, Conjuntos e outros divertimentos, que se deslocavam para qualquer parte do País, quando tinham firmado o seu devido contrato, sendo o mesmo cumprido rigorosamente pelas suas Direções.  RANCHOS: tivemos os Canários do Caima, os Unidos e os Infantis.  CONJUNTOS : tivemos os Agras de Macinhata-Castelões e os Caimas. ACORDIONISTAS: O de Merlães, António da Ribeira de Cavião, Quim da Padeira Barbeito, Magno Lordelo, Aurélio Santa Cruz, Silvério Rigueifeiro de Codal, Manuel António e seu irmão Pedro de Souto-Mau, Silvino Neves e seu Filho da Rabaceira, Brandão Algeriz, Tino Mouta e O inesquecível “ Jacinto da Rabaceira “. Todos eles, foram espetaculares, com todo o seu entusiasmo penetravam nos locais, que para tal estavam convidados, abriam o acordeão ou concertina e toca a delirar todos os presentes e muitos que ouviam ao passar próximo e também iam dar um pezinho de dança, mesmo sem terem sido convidados  APARELHAGENS : O senhor Domingos Bastos ( boca aberta),...

Para Quem Recorda Estas Placas na Ponte da Gandra

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 Foto dos anos cinquenta, junto aos bancos que eram conhecidos como os bancos dos “ namorados”, eles hoje ainda existem, porque são pedra preparada à esquadria e que nos proporcionava, sempre um pouco de descanso, quando se aguardava a chegada das camionetas, amarelas, azuis e CP, para nos deixar no local desejado, Porto, Estarreja, O. Azeméis, S. João da Madeira e outros locais para o Norte ou Sul de Portugal.  Sou eu, para o lado Norte e o meu primo Inácio para o lado Sul.  Estas placas, feitas em cimento armado e com as pedras em mármore, que nos indicavam, para a nossa esquerda Oliveira de Azemeis 14 kilometros e Estarreja 26 Kilómetros a da direita nos dizia, Porto 42 quilómetros e S.João da Madeira 12 quilómetros.  Como não havia a nova variante todos tínhamos que passar pela chamada e saudosa “Ponte dos Plames“, que nos deixava seguir o nosso itinerário desejado, para o Norte, já que para o Sul, tínhamos a Estrada Nacional pela mata do Dom José do Covo, a...

Magarefes e Talhantes do Concelho, no Século XX

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Tomás Soares Gomes e seu irmão Avelino Soares Gomes, foram durante longos anos portadores deste ofício e arte, sempre na companhia dos seus mais diretos familiares.  O Tomás, comercial em Areias e na Gandra, nos anos vinte, na rua Doutor Domingos de Almeida Brandão e o seu irmão Avelino no Antigo Mercado Municipal, mesmo defronte ao atual Café Sombrinha e Drogaria “ Zé Cubal “ hoje rua Padre Manuel de Oliveira e Engenheiro Duarte Pacheco.  Eram irmãos só de pai, mas também primos, porque as suas mães eram irmãs, mas a sua amizade sempre foi de uma pureza tal, que se prolongou, sempre num entendimento perfeito, como o testemunha a foto dos dois na praia do Furadouro no ano de 1948, quando os seus filhos necessitavam de respirarem as águas do mar, para melhoria das suas saúdes e assim se manteve sempre essa amizade entre os dois e com todos os seus familiares, até às suas chegadas finais. Nos talhos e mesmo no Futebol, eram dinâmicos divertidos alegres e sempre prontos para ajud...

O Colégio, o Estabelecimento do Novo Mundo e Seu Habitar

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Era na Rua Doutor Domingos de Almeida Brandão ( hoje é o Tribunal ), memorar hoje, esta que foi uma grande casa de pasto, assim como uma bela alfaiataria, casa de fruta, tudo em família, que sempre foram conhecidos pelos os “ NOVO MUNDO “. NOVO MUNDO : Família com quatro filhos, três raparigas e um homem, mas as suas filhas, Albertina, Solidade e Esmeralda, todos foram comerciais, após terem organizado as suas vidas futuras, deixaram o estabelecimento dos seus pais, que era tasca e casa de pasto de elevada servidão e sempre com os melhores vinho da região, petiscos e refeições muito bem confecionadas, pela sua esposa e estas filhas, assim como aos dias de feiras, tinha sempre outras forças, que estavam já contratadas para estes dias, porque o movimento era mais elevado e sempre deixou bem patente a sua elevada qualidade, que deixou muita referência em terras de “ Cambra “. Todo este correr de casas era do seu património, na porta, seguinte e do nosso lado esquerdo era o seu genro Manue...

Imaginação Criadora

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 Deste que foi o nosso inventor de variadíssimas coisas, mas aquela que mais o honrou a nível Nacional, foi sem qualquer dúvida no passado estas suas “ FECHADURAS “, que o Senhor Augusto Tavares da Silva, que era natural de Janardo-Castelões, parou na Gandra e rapidamente se mobilizou com a sua elevada inteligência, nestas quatro fechaduras de sua autoria, invioláveis, com as patentes: 17053, 19338, 19370 e 20157.  E cada uma das mesmas, apresentavam os seus segredos: a 17053, fechadura luminosa, que funcionava sem a ajuda da luz. A patente nº. 19338 : era uma fechadura de segredo inviolável. A patente nº. 19370 : era uma fechadura sem lingueta e o seu punho do trinco era o único dispositivo para abrir e fechar. A patente nº. 20157 : referia-se a uma fechadura de segredo com trinco e canhão, que permitia utilizar uma só lingueta com o fecho e o trinco ao mesmo tempo, podendo também funcionar 2 carmona de segurança. Este senhor “ Augusto Sió “, que mais tarde assim começou...

A Nossa Senhora da Lage

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 Que sempre se realizou no dia 3 de Maio e de cada ano.  E já com décadas que lembram como antigamente se caminhava por carreiros, caminhos e algumas estradas sem condições dos veículos desses tempos com algumas rodas, outros com quatro e na sua maioria com duas rodas, como o era o uso normal das motos , motorizadas e bicicletas, porque o seu acesso a este sagrado local, era bastante difícil e na maioria dos seus peregrinos o faziam novos e mais idosos, por estes acessos apeados e em números devidamente agrupados por convites antecipados e em muitos dos casos já ficavam de um ano para o outro. Seguiam de vários pontos do Distrito, em Festa e com a sua devoção a esta “ Milagrosa e muito isolada Capelinha da Nossa Senhora da Lage “.  Para quem a conheceu, como foi o meu caso à mais de meio século, apeado desde o meu habitar, mais tarde de pedaleira, motorizada e por último em carro, hoje se reconhece, que tudo na nossa vida muda.  Estes emblemáticos montes, cercados pe...

Os Fotógrafos do Passado

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Tivemos com varias décadas dos melhores fotógrafos do País, na nossa terra.  O Pai e filhos Sousas, que no decorrer dos anos se multiplicou com sua esposa e filhas, nos casamentos , batizados e em todos os eventos que se realizavam, eram para tal, convidados porque eram na realidade artistas de elevada competência, no exterior e interior dos seus estúdios e arranjos das fotos, que para tal, se responsabilizavam em retocarem e com muita vaidade, tinham todo o cuidado de usar os seus lápis de carvão e mãos cuidadosamente firmes em tudo aquilo que se proponham a entregar ao seu estimado cliente, serviço de elevada qualidade, que todos eles adoravam fazer.  “ ESTES SOUSAS FOTOGRAFOS “, muito contribuíram para a beleza do nosso Concelho, assim como deixaram ao nosso “ MUNICIPIO “, elementos fotográficos e seus derivados que constituíram um autentico “ MUSEU “, Municipal para demonstrarem ao publico e seus passantes pela nossa terra na Biblioteca Municipal, milhares de fotos do Pass...

Figuras Carismáticas do Passado

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 O PATARRECO, António Ferreira da Silva, um Cambrense exemplar, na sua juventude foi um fiel colaborador da então “ Franeve de Chico Neves “, na estrada nacional nº 224, ( hoje Avenida Infante D. Henrique, galeria pronto a vestir Nazaré e outros, foi também um conceituado sapateiro durante longos anos, com a sua entrega ao domicílio e na sua sempre cuidadosa motorizada e com o seu serviço esmerado feito por ele e pelo seu empregado António Pucareiro, que finalizaram na sua oficina no velho Mercado Municipal, ao lado do Portão Sul.  Sua esposa Alcinda era uma colossal cozinheira, assim como em horas vagas tinha sempre um momento para dedicar umas quadras à sua terra e a várias coletividades, com às Marchas de Santo António e a alguns dos Ranchos que tivemos em Vale de Cambra, os Canário do Caima, Unidos e outros que durante alguns anos contribuíram para a beleza e que deixaram bem patente todo o seu saber não só na nossa terra, como por outras que nos fizeram representar com da...