Veículos Movidos a Broa

Veículos, que se moviam pelo esforço do seu dono, com mudanças ou sem elas, percorriam todo o Vale de Cambra, nado em passeio mas sim para a sua luta dia a dia, nos seus empregos das Fábricas e Comércios, assim como para os campos, no granjear das suas vidas.

Estas bicicletas, mais tarde para circularem na via publica, os seus condutores tinha que se munir de uma licença de condução numerada e com o carimbo do chefe da secretaria da Câmara Municipal, depois do exame feito pelo saudoso “ António Coelho do Areeiro e outros fiscais Camarários, que também estavam autorizados para essas provas em publico e coma presença dos mesmos, a verificarem se tinham condições para a aquisição deste documento ou não.

Estas leis se passaram nos anos cinquenta, a inspeção dos mesmos, era obrigatário estarem

preparados com o farol e dínamo, para de noite indicar as suas presenças, assim com a campainha ou corneta (gaiata), para dar sinal que ali seguia um veiculo com alguém na via publica e muitas dessas gaiatas, eram preparadas com toques especiais, que muitas das namoradas desses tempos, já conheciam o mesmo e ao primeiro toque, apareciam de imediato, ao portão, porta ou portadas, para as habituais conversas do presente e com vontade para o futuro (entre ambos).

Para se fazer face da quantidade que tínhamos, destes meios de transporte existiam também muitas Oficinas espalhadas, por todo o Concelho, para as comercializares e repararem.

Valgalhardo: o senhor Moreira e Filhos

Castelões: António do Armindo da Luísa, Almeida Jarra, na Aguincheira e sobrinho nas Dairas

Pinheiro Manso: Alírio Assis de Carvalho e Empregado Bento

Macieira de Cambra: Almeida Jarra

Vale de Cambra: O Fuste, Jarra e filhos, Competidora, Joaquim da Pinha, Agência Comercial

de Cambra, A Reparadora de Alfredo Brandão

No Cimo de Aldeia: Américo Assis de Carvalho e Filhos

No Salgueirinhos: Diamantino de Manhouce


"Veículos auxiliares, que tanto contribuíram,

Para a população da Gandra; hoje são muito poucos,

Os que se movem por aqui ou outro lado;

Recordo-vos eu, com a firme intenção,

De que ficam no meu escrito em Livro do Passado “.


Neste veiculo onde me apresento era uma pedaleira de marca “Victoria com mudanças no cubo de três velocidades e com uma corneta “gaiata “,com um toque especial, que por onde passava já era conhecido, assim como a sua bandeira a Porto.

Foi tirada defronte ao Talho onde iniciei a minha carreira comercial. Em frente às portas que se avistam são do Mercado Municipal, que as usou longos anos a Tia Rosa da Pinha e sua família, eram quatro até ao portão de acesso ao interior do mercado lado Sul.

Mais tarde cedeu a do lado do portão ao “Silvério Correia e Mário Silva”, para a Sapataria Selecta, nos anos cinquenta e sessenta, para depois ficar na mesma o Senhor António Patarreco junto com o seu colaborador António Pucareiro do Barbeito de Castelões.

Mais tarde tomou conta o Joaquim da Pinha, que era seu filho e montou ali, uma oficina de arranjo de Motorizadas e bicicletas.


BICICLETAS PEDALEIRAS...

...que hoje ao serem lembradas, foram fonte de rendimento e bastante úteis para milhares de trabalhadores que com elas se deslocavam para Os seus empregos assim como para negócios e mesmo para irem ter com as suas namoradas, nunca deixaram de serem muito prestáveis mesmo com duas e três pessoas colocadas nelas quando havia necessidade.




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