Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Passado

A Nossa Senhora da Lage

Imagem
 Que sempre se realizou no dia 3 de Maio e de cada ano.  E já com décadas que lembram como antigamente se caminhava por carreiros, caminhos e algumas estradas sem condições dos veículos desses tempos com algumas rodas, outros com quatro e na sua maioria com duas rodas, como o era o uso normal das motos , motorizadas e bicicletas, porque o seu acesso a este sagrado local, era bastante difícil e na maioria dos seus peregrinos o faziam novos e mais idosos, por estes acessos apeados e em números devidamente agrupados por convites antecipados e em muitos dos casos já ficavam de um ano para o outro. Seguiam de vários pontos do Distrito, em Festa e com a sua devoção a esta “ Milagrosa e muito isolada Capelinha da Nossa Senhora da Lage “.  Para quem a conheceu, como foi o meu caso à mais de meio século, apeado desde o meu habitar, mais tarde de pedaleira, motorizada e por último em carro, hoje se reconhece, que tudo na nossa vida muda.  Estes emblemáticos montes, cercados pe...

Os Fotógrafos do Passado

Imagem
Tivemos com varias décadas dos melhores fotógrafos do País, na nossa terra.  O Pai e filhos Sousas, que no decorrer dos anos se multiplicou com sua esposa e filhas, nos casamentos , batizados e em todos os eventos que se realizavam, eram para tal, convidados porque eram na realidade artistas de elevada competência, no exterior e interior dos seus estúdios e arranjos das fotos, que para tal, se responsabilizavam em retocarem e com muita vaidade, tinham todo o cuidado de usar os seus lápis de carvão e mãos cuidadosamente firmes em tudo aquilo que se proponham a entregar ao seu estimado cliente, serviço de elevada qualidade, que todos eles adoravam fazer.  “ ESTES SOUSAS FOTOGRAFOS “, muito contribuíram para a beleza do nosso Concelho, assim como deixaram ao nosso “ MUNICIPIO “, elementos fotográficos e seus derivados que constituíram um autentico “ MUSEU “, Municipal para demonstrarem ao publico e seus passantes pela nossa terra na Biblioteca Municipal, milhares de fotos do Pass...

O Humilde Mestre

Imagem
"O Humilde Mestre mas com elevada competência como empreiteiro em terras de Vale de Cambra" Para quem conheceu, trabalhou e negociou com este senhor Hermínio Correia dos Santos “ BARRACA “, assim o era mais conhecido e tratado nos nossos meios, natural da freguesia de Vila Chã-Vale de Cambra. Homem muito honesto, trabalhador, que fez dele uma das figuras mais comentadas e prestigiada da nossa terra, pela sua qualidade de serviço e prontidão em executa-los, “ palavra dada era honrada “, ajustou e concretizou muitos dos maiores prédios de Cambra, juntamente com o seu filho Martinho e vários operários de muitos locais, mas eram em mais quantidade da Portela, Relva e Vila Chã.  De muitos dos prédios que ele, construiu da sua competência, fui mais comentado, como exemplo de mestria “ O CINEMA “, porque inicialmente foi muito complicado com as suas fundações, começou por aparecer bastante água no solo após a abertura do desaterro e que de motivo a que o Arquiteto, António Bandeira ...

A Pioneira em Terras de Cambra

Imagem
 Foi a Gráfica Cambrense, de Fernando Tavares de Almeida Bastos, que na Rua Doutor Domingos de Almeida Gomes, propriedade de seus pais, os Barões da Casa de Areias, aqui iniciou com elementos vindos das Missões do Couto de Cucujães e Carreço Viana do Castelo, elementos qualificados nesta arte e a eles, se juntaram muitos da nossa terra como primeiro emprego, tornando-se mais tarde como funcionários de perfeição e mesmo alguns depois de aprenderem esta arte seguiram as instruções recebidas deste que foi durante muitos anos o seu braço direito desta famosa “ Tipografia o senhor Arlindo Ribeiro “, que era o seu fiel encarregado geral, nesta que foi a primeira “ Tipografia em Vale de Cambra.  Aqui nesta rua, se manteve longos anos ao serviço do nosso Concelho e outros circunvizinhos, com a visita do seu encarregado e outros com uma motorizada, que fazia parte da firma, andavam de Concelho em Concelho, à procura de serviço, para cerca de uma dúzia de elementos que constituíam a sau...

O Sr. Arlindo

Imagem
 Arlindo Soares de Pinho, que de simples e humilde operário, na Empresa Almeida & Freitas Ldª, Fabrica de Latas, Serração de Madeiras e Caixotaria, que teve a sua fundada em 09 de Fevereiro de 1922, instalada na Gandra, sendo aqui o seu primeiro emprego. E que muito rapidamente se tornou num exemplar torneiro, que ordenava e fazia os cunhos e seus cortantes para o fazer das latas para o azeite, azeitonas, tintas e bolachas juntamente com outros colegas do mesmo ofício que na mesma Firma todos eram operários. Mais tarde pensou em estabelecer-se na sua garagem e nos fundos da sua casa de habitação, na Rua de Santo António, escolheu parte dos seus colegas que tinham mais conhecimento, nesta área, como foi o caso do Manuel de Almeida e Manuel Verdísco e outros, que foram os pioneiros, na sua primeira empresa e mesmo sem a sua companhia, começaram por administrarem os seus primeiros contactos com o publico, com as ferramentas, nas bancadas, forjas, que ali, tinham sido colocadas pel...

No Passado, Assim Eram as Famílias

Imagem
 Assim o era no passado, se reuniam em família, em amizade em casamentos, batizados, aniversários, convívios e em convites para festas e romarias, se muniam dos seus farnéis e merendeiros e a pé de bicicleta, motorizadas, carros e camionetas, lá estavam sempre estas famílias reunidas e com boa disposição junto das mesas, ou solos por elas escolhidas , com boa sombra e verduras, lá estendiam as mantas e toalhas levadas já a propósito para tais eventos.  Comiam e bebiam, cantavam e dançavam numa alegria constante e sempre com uma amizade pura e repleta de imensa fé em Deus e no seus convívios, sem egoísmos, falsidades e nunca a falta de palavra, nas coisas combinadas e tratadas, porque o “ SIM “, era sempre respeitado e honrado, depois de brotar dos nossos corações.  Famílias e amigos, que se juntavam nas suas casas e em passeios combinados, num conjunto de várias pessoas com os seus carros devidamente completos e que nunca esquecia as cestas dos farnéis, para quando c...

Centro da Nossa Vila no Passado

Imagem
 Que a todo aquele habitante, ou passante, que ainda hoje existe entre nós estas foto, os deixam reviver estes locais desses velhos tempos. O CENTRO : com os Paços do Concelho, original assim como a Estrada Nacional, nº. 227 (hoje Av. Infante D. Henrique), e como sempre se disse, recordar é viver… É bem visível os Paços do Concelho, assim como as casas do Dionísio e Tia Irene e na Estrada e em sentido contrário a casa do senhor Benjamim da Calada os irmãos Zé e Glória, cada um deles com os seus estabelecimentos e ramos, como o eram a Alfaiataria, talho e Cervejaria, depois era o armazém do Ferreira Salvador, para mais tarde o depósito da Cooperativa Agrícola do Caima. E à direita tínhamos a Rua Duarte Pacheco, com a Ourivesaria Tavares Bouça, como o primeiro fabricante de peças em ouro e outras, com o seu filho Carlos Charló e mais alguns  elementos credenciados vindos dos lados de Gondomar, que durante alguns anos apresentaram, com o seu saber, ao nosso povo como se fabricava...

Sapateiros do Passado

Imagem
  E que foram muitos os que tivemos e de elevada classe com todo o seu serviço artesanal, assim como alguns dos mais conceituados, já nesses tempos apresentavam máquinas para coser tudo o produto que para tal, se tinham comprometido fazer como “ As botas, sapatos, botins e planas”, que era na realidade o seu principal fabrico e em quantidades e por medida, depois do pé do cliente, pousar com ou sem meia, no papel de mata-borrão, que se estendia no chão ou encima da mesa ou cadeira e com o lápis circulava, todo o pé para encontrar a forma desejada, assim como o feitio e cor da pele desejada pelo cliente. Nas botas de atanado, que eram as que mais se faziam, porque se usavam diariamente, nas Empresas nos matos, nos campos, atendendo à sua robustez e segurança que lhe era conferida por estes esmerados “ Sapateiros “,que as manuseavam com mãos fortes e hábeis, depois de espetarem a sovela no calfe ou couro, assim como naquela dura sola de pneu de avião, depois de ter recebido aquele li...

O Apregoador de Ervas

Imagem
 Parece, mas não era pedinte, era sim um vendedor de ervas que colhia em diversos solos, por onde ele passava, e que sabia que os mesmos depois de devidamente secos e selecionados por si, depois de  colocados em sacas de plástico, carregava-os às suas costas e de porta em porta, de lugar em lugar, apregoava “tenho chás que desincha a barriga o estômago, acalma o sistema nervoso e faz bem a tudo”. E assim andou ele, por terras de CAMBRA, por muitos anos. Não se considerava um curandeiro, nem tão pouco usava as técnicas de bruxaria, mas uma coisa era certa, ele vendia mesmo muito produto em sacos de quantidades reduzidas e ao preço de dez tostões cada. Quase ninguém o conhecia, nem sabia o seu nome, porque ele, era pessoa de poucas falas e acabou mesmo passados alguns anos por deixar de aparecer na zona, dando motivo a que aparecesse um substituo dos lados do Arial-Castelões, de nome Ernesto da Agualva, que também começou por vender, quase todo o tipo de “Chás“, que indicava par...

Rua Padre Manuel A. Oliveira

Imagem
  “O POENTE DO MERCADO” Se descreve de Sul, para Norte, do lado esquerdo era a casa do senhor Ferreira Bogalho (hoje pertence à família Herculano Martins), a seguir a habitação da família Lopes, nos seus fundos era o comércio de pedaleiras, motorizadas e arranjo de máquinas de sulfatar do senhor “ JARRA” (hoje é o Café Sombrinha).   E de Norte para Sul, tínhamos o talho do senhor Avelino Gomes, o torreão era ocupado pela Câmara, assim como as três seguintes portas, até ao portão de acesso ao Mercado, foi muitos anos a casa de ensaio da nossa banda de música e na porta junto ao portão era o aferidor da Câmara, que foram muitos anos, o António da Maria Rosa de Lordelo e o senhor Artur dos Panos. Na porta seguinte também utilizada pela Câmara onde esteve muito tempo um músico vindo de Cinfães do Douro, para a nossa banda, que se considerou entre nós e pelos apreciadores de musica um autêntico canário era ele, “ o menino QUIM “. Nas portas seguintes até ao torreão, era a família d...

Ponte da Gandra

Imagem
 É muito bem visível esta Ponte da Gandra, do passado assim como estas placas, que nesses tempos nos indicavam muitas direções, mas aquelas que nos apareciam de imediato, eram da nossa esquerda “ O. Azeméis e Estarreja e a segunda à nossa direita nos dizia, S. João da Madeira e Porto, isto nos anos cinquenta, que esta Ponte da Gandra, quando deslizávamos para a então Vila ( hoje Cidade),à nossa direita era o acesso, para Aguincheira, Castelões, Senhora da Saúde , outras localidades, assim como nos dirigia para o Concelho de Sever do Vouga e outras paragens. Hoje: a rua que foi Ponte da Gandra, “ hoje é Comendador Ilídio Pinho “. Para quem se lembra e nesta Ponte recorda alguns momentos nestes bancos em pedra, onde se estacionavam várias personalidades em negócios Empresariais, Comerciais e muitas das vezes se aguardava que as namoradas tivessem feito a permuta do milho pela farinha, nos moinhos que o senhor Augusto e seus familiares explorava, e ao passarmos a mesma Ponte, a caminh...

Repas, o Equilibrista

Imagem
Foi uma pitoresca figura, cujas suas características e factos falam por si.  Era uma figura com uma compleição física que ultrapassava os dois metros de altura. Ele era, realmente enorme, vinha as todas as feiras de Cambra, e sempre nas Camionetas Amarelas, com o seu vestuário habitual, sobrecarregado de remendos, como facilmente se pode constatar pela fotografia, e como não mais nada tinha para vestir, era sempre este o seu fato de “trabalho“, domingueiro e de cerimónias. Então, este gigante saia das camionetas e o cobrador entregava-lhe o seu cesto para a aquisição das suas compras a realizar, que ele de imediato colocava na sua cabeça e deslizava por toda a Vila, sem ter a ajuda dos seus braços, tornando-o conhecido por todos nós como o “Equilibrista Repas da Farrapa” . Vivia-se numa época em que o pau e o saco era o pão nosso de cada dia e, como tantos outros, vivia da caridade, era humilde e inculto, foi amamentado por uma madrasta, nasceu em 18 de Fevereiro de 1897 e faleceu ...

Café Avenida

Imagem
 O seu fundador, ANTÓNIO DE ALMEIDA “Pranta”,passados anos, ficou seu filho Delmiro Henriques d'Almeida. Administrando com elevados conhecimentos adquiridos ao nível da poderosa Industria de Latas e Madeiras que foi o “ALMEIDA & FREITAS Lda. que nessa época era conceituada a nível Nacional como uma das mais completas e de enorme eficácia do País. Ordenava o seu movimento com primoroso serviço e elementos com elevados conhecimentos no ramo, como o eram: A dona Luciana e o Senhor João Gomes. Tendo no ano de mil novecentos e quarenta e cinco o Senhor Leonel Henriques de Almeida, na companhia de mais dois sócios, Alberto Henriques (Padaria) e Benjamim Freitas. Seguiram hábitos e costumes, pois continuaram a usar os fundos da casa do senhor “Almeida Pranta”, para a recolha e armazenamento dos vinhos vindos de vários pontos do Concelho, assim como o famoso branco de Conlela, (hoje essa adega é os CTT). Estes vinhos vindos dessas terras de Conlela, Bispeira, Quintas e Casal Velide: Er...

Sapateiros, Tamanqueiros e Engraxadores

Imagem
Longos vão os anos que, em oficinas de sapateiros, tamanqueiros e nas esquinas dos cafés, e até mesmo à saída das missas, engraxadores com sua caixas de madeira feitas a propósito para tal efeito, com tinta anelina de duas cores assim como a pomada, escovas para a cor de cada sapato e o pano para o brilho dos mesmos, que em mãos h ábeis os faziam cantar ao sabor de musicas românticas das épocas. Sapateiros: eram muitos na nossa terra, que primavam a cortar as peles e as solas ao gosto do cliente, feitio, que recebia as suas formas de madeira, após ter sido gaspeado, pregado e cosido todo à mão, com fio feito a propósito depois de ter passado varias vezes pela sua perna, direita ou esquerda do artista e no final lhe passar a cera especial, para ser devidamente cosido com a sovela e apertado com elevada força pelos braços do ser humano, até que as suas mãos deixassem marcas e calos por longos anos a fazer esse serviço a coser as solas. Tamanqueiros: não eram muitos, mas existiam a...

Rio Caima e Suas Cheias

Imagem
  Rio, que nestas épocas toda a sua água era límpida e que foram muitas as vezes que a mesma se usava para nos matar a sede, em momentos quando tomávamos banho, ou na apanha dos peixes que se escondiam debaixo das pedras e que as mesmas nós os avistávamos com claridade e que mergulhávamos sempre com a intenção de os apanhar, mas tornava-se sempre mais fácil, então optávamos em fazê-lo com a estaca dos feijões, um fio d o norte e o anzol, e assim se apanhavam belas b ogas, barbos e trutas deste feiticeiro RIO CAIMA. Depois, com o aproximar das suas desovas, começávamos por construir as “ chamadas cascalheiras”, feitas em pedras com uma abertura ao cimo e outro no fundo que recebia um saco de serapilheira, com a boca aberta e um pouco de estaca na sua abertura, para receber a entrada em quantidades, depois de termos chicoteado com um vime aquele cardume que se preparava para a suas desovas. “ Eram somente b ogas “, que preparadas pelos nossos pais e fritas em molho de banha de ...

Matadouro Municipal - A minha Universidade

Imagem
  Já antes da minha inscrição de matricula neste e stabelecimento de ensino, transportava de vários lados, mas muito mais do meu habitar em Areias, Vitelas, Carneiros e Cabritos, com os meus irmãos mais velhos, até este local para o seu abate. Então após o meu exame da 4ª classe, meu pai indicou-me este caminho, semanal e em dia de matança, para junto com os meus irmãos, concluir os estudos na Universidade, dos quais ele, eram o principal catedrático. CAMBRA, consumia legalmente nos talhos, mais vitelas, muito poucos CARNEIROS e menos Cabritos, mas como a procura destas deliciosas carnes, de vitela e cuja na sua maioria eram compradas e abatidas pelos Talhantes do Concelho, que nesta época eram dezasseis e que mais para tarde apareceram mais alguns principiantes neste ramo, nos diversos lugares de: Vila-Chã, Fuste, R ô g e , Vilarinho, Lombela, Martír, Macinhata, Dairas, Granja, Relva e Campo de Arca. E todo aquele talhante que não sabia amanhar o seu gado, “entregava-o à Tia Qui...

Pensão Bastos, o Cinema e a Escola Primária

Imagem
Era no Largo da Gândra e Caminho das Regadas (hoje rua do Hospital). Tudo isto são coisas do passado, que hoje recordo com elevada emoção, porque foram momentos marcantes pela sua simplicidade, assim como pela forma que éramos todos examinados pelos professores, assim como atendidos na bilheteira e no balcão da mercearia e mesmo no da tasca, quando nos serviam as famosas “ Pataniscas de bacalhau, dentro de um pão pela módica importância de quinze tostões , que também podiam ser acompanhadas, pela cerveja, larangina C, ou Buçaco, que simpaticamente nos era servido pelo saudoso senhor Constantino Copa, filhos e filhas, antes da entrada, ao intervalo, ou saída do Cinema. Pensão de esmerado serviço e excelente gastronomia, e que muitas vezes aos Domingos, da parte da tarde, nos era oferecido como convite umas valsas ou tangos, ao sabor de um gravador ou gira-discos, na sala de refeições. A maioria dos dançarinos eram de terras de São João da Madeira e Oliveira de...