Carreiros de Outrora

 Que no presente a sua maioria foram substituídos pelas Camionetas, Carrinhas e Tratores, de caixas abertas.


"Carros de Bois", que após o seu aparelhar estes ditos bois e seus donos, assim como os candeares dos mesmos e que habitualmente lhes davam o seu “ Chamaril, anda cá vermelho e amarelo”, que recebiam o cabeçalho do carro, apanhado pela canga construída habilmente por mestres no ofício, em madeiras escolhidas para tal, e com vários desenhos imaginários, que muitas delas, foram feitas pelo saudoso senhor David do Cerieiro, que habitava na Bouça de Castelões.

Falar e recordar hoje, estes carros e bois, que tantos proprietários, jornaleiros e caseiros, que Cambra teve e que arduamente o faziam pela madrugada até ao pôr do sol, nos matos, nos campos e na entrega de bens essenciais para a construção civil, transporte de madeiras, vinho, ouriços e tanta coisa mais, que eles, o faziam sempre com elevada prontidão e com sorriso nos seus lábios.

Tivemos na realidade, muitos carros e muitos bois e algumas vacas, que durante longas décadas o fizeram e que muito contribuíram para o engrandecimento do nosso Concelho.



Lembrar principalmente todos aqueles que com estes meios quase extintos, fizeram as suas vidas assim como a dos seus, com coragem muito trabalho e que deixaram memórias por tudo que fizeram de bom, nos nossos terrenos verdejantes e de produção abundante em tudo, que eles, semeavam e tratavam.

É de focar os saudosos “ Neiras de Burgães e Moradal, os Junqueiras, Silvanos, Pintalhões, Bolos, Massas, Lobos e Augusto Vaidoso e tantos, que Cambra teve ao seu serviço, para tudo o que deles se necessitava, mas estes eram sem qualquer dúvida os mais profissionais e sempre procuravam bons bois e bons carros para todo o tipo de serviço, que lhes era recomendado, quanto aos outros que também tivemos neste passado eram imensos que se muniam de todo o tipo de alfaias agrícolas para os seus haveres, nunca os deixando por amanhar.” Como o hoje o acontece, muitas destes haveres, estão totalmente só a criar silvas e ervas daninhas”.


“Carros, bois e carreiros que no passado,

Tantos tivemos e que se movimentavam,

Por tudo o que era lado; hoje só nos resta,

Lembra-los por tudo de bom que eles,

Fizeram no Passado“

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