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Os Cinemas que Cambra Teve

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O PRIMEIRO :  Era no Mercado Municipal, foi no ano de mil novecentos e quarenta. Explorado nesses tempos idos, pela D. Carlota Ribeiro, cujo o seu título era o PROGRESSO. DEPOIS SEGUIU-SE O SEGUNDO: Que foi nos fundos da Pensão Bastos, prédio este, que pertencia ao Comendador, Luís Bernardo de Almeida, o seu administrador era o senhor Ângelo Henriques, seguindo-se o senhor Albino Leite, Martins Barbeiros, Carlos da Farmácia e por último, Gabriel Pinho da Cruz. Nestes os seus maquinistas eram o senhor Ângelo , como ajudante tinha o senhor Armindo Lopes, que tinha vindo de Lisboa trabalhar para os Escritórios da firma Martins & Rebello, finalizando o senhor Filoménio, que mais tarde contou com a ajuda de seu filho. Os cobradores dos bilhetes, para o nosso ingresso na sala eram o Justino Leite, Carlos Farmácia e Martins Barbeiros. OS PORTEIROS: eram o senhor José da Portela, Álvaro da Felicidade e Ferreira Leite. Mas que saudades e memórias eu lembro deste “ CINEMA,...

Cultura do Passado

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 Anos 1930, apoiados pelo então Padre Joaquim Manuel Tavares, que tinha mandado construir uma casa nas “ Várzeas de Castelões”, a qual veio a ceder graciosamente para este saudoso Club Recreativo Mocidade de Castelões. Que rapidamente se moveram nas artes dramáticas com elevado valor e em exibições que o marcaram para sempre e ficaram em memória. Com o passar dos anos, apareceu na Freguesia, um professor primário de nome Joaquim da Costa Gomes, que tomou por sua alta recriação o comando da direção e como era possuidor de altos conhecimentos no Mundo do Teatro “ Gil Vicente do Porto “, dedicou-se de alma e coração ao nosso Club e com parte dos lucros do mesmo, os destinou nos anos de 1938 e 1939, na Escola do Côvo e da Freguesia, às crianças mais necessitadas, com uma sopa diária. Este conjunto de homens e mulheres era muito completo, assim como o de rapazes e raparigas de todo o nosso Concelho, entregavam todo o seu querer e saber nesta cultura do passado. Já com uma direção organi...

Alfaiates do Passado

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 Ano 1935 Nestes tempos, em Cambra tivemos dos melhores alfaiates do Norte do País, alguns deste da foto, se mostravam com competência e afincadamente no seu corte, assim como na costura, com os melhores da Cidade do Porto, como o era “ o famoso Furtado “. O senhor Benjamim, Augusta da Pinha (Falante), Joaquim Pinho (Cabreiro), Armando Lima, Manuel do Gervásio ,António Silva, Albino do Ferrador e seu irmão Joaquim, Costa de Algeriz, Joaquim Macaco e tantos outros, que no passado o nosso Concelho, os teve ao seu serviço e de todo aquele corpo, que adorava vestir um fato de qualidade e muito bem feito, por medidas e na escolha do tecido pelo cliente desejado. Em muitos dos casos, estes fatos que passados alguns anos, e atendendo a muitas das causas financeiras e muitos dos familiares, eram novamente levados para o alfaiate que o cortou, coseu e provou, no corpo do cliente, para que o mesmo fato fosse descosido e voltar a mesma fazenda, à forma inicial ficando como novo novamente e pr...

Diamantino Luís de Almeida

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 Diamantino da Calistra "O Monhé" Um amigo, sempre brincalhão, mestre de elevada perfeição, como magarefe e cortador de carnes verdes e juntava a tudo isto a paixão pela pesca e em momentos de necessidade e em qualquer lugar ele, prestava auxilio aos empregados das Fábricas e das obras para a extração de rescaldos aos seus operários. Que sempre o acompanhava uma agulha devidamente preparada por ele, Foi um exemplar marido, pai e avô, assim como também foi um colega, para esse delicado serviço, mandava os doridos encostar a sua cabeça sem a escolha de local e com a sua calma e tranquilidade, lhe retirava todo o tipo de rescaldo, tornando-o por tal, muito famoso em terras de Cambra. Magarefe no Matadouro Municipal, como o mostra a foto, era vagaroso mas de uma perfeição inigualável no amanho das suas reses, após a morte da mesma, nunca iniciava o trabalho, sem primeiro lavar as suas patas e colocar no bolso o pano, começando o serviço higienicamente sem que, qualquer sujidade p...

Caminho da Fábrica de Esmalte

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Memorar o Caminho da Fábrica de Esmalte (hoje rua da Fábrica) No passado assim era o seu trato, o caminho da Fábrica de Esmalte. Hoje e passados tantos anos, já composta com mais algumas moradias e seus donos, que recentemente se foram instalando por volta dos anos cinquenta e seguintes, juntando-se a estas que existiam à décadas até ao final do caminho, para com a Rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, casa do senhor Almeida (Pranta), e ainda a famosa Fábrica de Esmalte. Ao descermos em sentido contrário, da casa do senhor Almeida ( Pranta, hoje os C.T.T.), depois propriedade do seu filho Delmiro de Almeida e família, cuja primeira casa foi mais tarde a Gráfica Cambrense, e na seguinte casa, foi a fundação dos Tecidos do Caima, dos quais o senhor Delmiro, também fez parte dessa sociedade, terminada passou a Restauração, com vários exploradores e que ainda hoje trabalha com o símbolo de “ Colher de Pau”. Depois deste prédio ligado à Restauração. Existiam somente cinco habitações até a...

Carreiros de Outrora

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 Que no presente a sua maioria foram substituídos pelas Camionetas, Carrinhas e Tratores, de caixas abertas. "Carros de Bois", que após o seu aparelhar estes ditos bois e seus donos, assim como os candeares dos mesmos e que habitualmente lhes davam o seu “ Chamaril, anda cá vermelho e amarelo”, que recebiam o cabeçalho do carro, apanhado pela canga construída habilmente por mestres no ofício, em madeiras escolhidas para tal, e com vários desenhos imaginários, que muitas delas, foram feitas pelo saudoso senhor David do Cerieiro, que habitava na Bouça de Castelões. Falar e recordar hoje, estes carros e bois, que tantos proprietários, jornaleiros e caseiros, que Cambra teve e que arduamente o faziam pela madrugada até ao pôr do sol, nos matos, nos campos e na entrega de bens essenciais para a construção civil, transporte de madeiras, vinho, ouriços e tanta coisa mais, que eles, o faziam sempre com elevada prontidão e com sorriso nos seus lábios. Tivemos na realidade, muitos carr...

O Alto da Felgueira de Arões

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 O recordar é viver e nesta casa da Floresta, assim como o pastor de gado a partir dos anos “ Sessenta”, que hoje o recordo de imensa saudade, pelas tantas vezes que por aqui passei e que foram algumas também que penetrei nesta casa da Floresta, ocupada nesses tempos pela família vinda de Quintela, assim como naquela que era guardada e ocupada pelo seu guarda e saudoso senhor Amadeu e família.  Aqui, juntamente com o meu pai, foram algumas vezes que ali tomamos, uns cafés e umas malgas de leite, extraído dessas cabras e ovelhas, que eram guardadas pelo olhar fixo dos idosos e crianças, no seu percurso diário logo após o romper do dia, deixando-as deslizar pela floresta imensa que circundava este “ Alto da Felgueira”. Com o passar dos tempos todas estas coisas, que a natureza nos ofereceu, assim como a coragem do ser humano, que nos oferecia e se vivia com inteiro entusiasmo e nos proporcionava condições mais dignas, mais pureza e que nos oferecia muita mais segurança na vida e...