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Assim se Varria Cambra

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Mulheres e homens originais das nossas terras, chamados cantoneiros Camarários, como na foto o apresenta as mulheres “ Tia Maria do Conde e Isaura Sardinheira”, que as acompanhavam a tia Olívia, Alice do Evaristo e Irene,   assim como os homens “ Tio Crespim, Manuel Raposo, Manuel Pinho, Manuel Borges, naturais de Algeriz e de Castelões que com estas vassouras e outras que eles faziam na Casa dos Cantoneiros da Câmara, que se situava no velho Mercado Municipal e com giestas verdadeiramente escolhidas para tal efeito, e que varriam eficazmente  toda a nossa Vila. E depois de passarem rua após rua, deixavam uns montes de lixo e de distância em distância eram apanhados por este tipo de carro e descarregavam no Camião Volvo, que era conduzido pelo saudoso Isac que depois de totalmente cheio, o descarregava na Lixeira em Codal. Estas duas varredeiras que mostra a foto, eram naturais da Formiga - Castelões, muito humildes, sérias e formadas com muita qualidade nos seus lares e ...

As Motos B.S.A.

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Começaram por apareceram nos anos “ Quarenta”, no nosso Concelho, eram ainda muito poucas desta prestigiada marca, mas sem qualquer dúvida o seu maior admirador, dono e cliente foi sempre o Saudoso "Zé Glória”. Um dos tantos resineiros, que apareceram em nossas terras, vindos de Albergaria dos Doze, Concelho de Pombal e que os seus pais traziam nessas épocas alguns dos seus filhos, ainda jovens para a exploração das resinas. Se hospedavam em Pensões, casas de pasto e alguns alugaram casas e ali, viviam e trabalhavam arduamente de mato em mato, raspando e colocando as chapas feitas a propósito para a queda da resinas dos pinheiros nos vasos, para de tempo em tempo com bidões e pás devidamente preparadas para a recolha da resina para os bidões que depois de completos seguiam aos ombros robustos e fortes desses resineiros que os descarregavam para as camionetas que os esperavam em locais combinados .E que trouxeram muita alegria, dessas terras de Leiria e que também foram muitos anos...

Um Duo Inesquecível

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O BASÍLIO E O COLINHO, exibindo cada um a sua espada em madeira, que o TIÃO, tão bem as fazias. A foto é na casa do senhor Manuel do Ferrador, (na Ponte da Gandra), que estava alugada a estas duas famílias e ainda à dona Maria do Bornes e sua irmã Odete, após o derrube do seus habitares que foi longos anos o saudoso Mercado Municipal. Esta casa também mais tarde veio a ser demolida para a alteração da nova retunda, “ Comendador Ilídio Pinho “. Basílio “ Arreganha”, também assim lhe davam nesse passado o seu trato, carpinteiro era a sua profissão, assim como sempre ficou solteirão e sempre viveu com os seus pais e alguns familiares, também solteiro como o era o TIÃO, sempre trabalharam com os pais, na sua conceituada carpintaria e móveis de todo o estilo e modelos. “ O Tio Horácio Martins”, que após a suas vendas eram colocados em casa dos seus compradores em peças e na carreta, que os dois a transportavam e montavam as mesmas no local a combinar pelo comprador e tanto um, como o outro ...

O Emblemático Jacinto da Rabaceira

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 A concertina era o instrumento que sempre o acompanhava, por todos os lados e sítios, para onde ele, se deslocava mesmo nos seus trabalhos diários de Carpintaria que era a sua profissão de excelência que CAMBRA, teve. Também foi um caçador de elite, assim como uma companhia muito desejada pela sua postura de alegria e comunicação entre todos e em todos os locais onde ele estacionava, esta concertina era imediatamente apanhada da sua carrinha, leva-a ao peito com elevada coragem e de joelho no chão, rapidamente saia umas melodias com alegria e paixão em si, e para todos os presentes que ocupavam os espaços, quando ele aparecia ou estava naqueles precisos momentos. Que bom Homem, que era muito considerado por todos os habitantes da nossa terra e concelhos vizinhos, era muito honesto, cumpridor dos seus deveres, para com os seus e outros, deixou imensa saudade pelo seu fino caráter e sempre com boa disposição. Normalmente em suas conversas, sempre apresentava como tema “ Está tu...

O "Zé Caveira"

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  Quem foi o Zé Caveira? Era um ser humano que chegou a Cambra, vindo dos lados de Arouca, muito humilde, honesto, trabalhador, mas sem se saber corretamente qual era a sua verdadeira filiação e origens. Parou e ficou na nossa terra, por longos anos do seu viver, servia-se muito do seu maior amigo o “ Té “, e da caridade e do bom coração da população, mas muito mais da Tia Rosa da Pinha, que em horas mais difíceis do seu dia-a-dia, lá estava ela, sempre pronta com a sua oferta da malga da sopa. Não tinha guarida certa, no seu vestuário era do mais simples, camisa, calças e sempre descalço, fazia recados nas mãos e muito mais na sua cabeça, com cestos ou cabazes, ele estava sempre presente a troco de umas moedas de um escudo, que o fazia sempre sorridente e simpático para com os clientes, que o convidavam para esses serviços de entrega ao domicilio e quando não tinha compromissos do género, estacionava na Tia Rosa da Pinha, ou Tio Joaquim da Benvinda, porque estes eram, sem qualquer...

António Ferreira da Silva, o "Patarreco"

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Um coração benévolo, um grande marido e pai sempre presente, na sua Oficina de Sapataria e mais tarde se ligou à Restauração, dando motivo ao seu entusiasmo aquando a sua esposa “ Dona Alcinda”, trabalhava na Adega Masocay, começaram por explorar para mais tarde fundarem a ADEGA 21, na rua de Santo António, que ainda hoje está ao serviço da população e outros, com os seus familiares. Memorar hoje esta figura que é muito digno de ficar em consciência do passado e como tal em lembrança, pela sua fidelidade que sempre prestou aos seus e a toda a comunidade, que com ele, conviveram diariamente como o foi o caso pessoal, durante tantos anos na sua sapataria no “ Velho Mercado Municipal”, que era mesmo defronte ao meu local de trabalho e que mais para tarde sempre me acompanhou por vários lugares da Serra da Gralheira e muitas também na travessa Antero Quental no Porto, ao conceituado fornecedor e amigo o Senhor NINA e que nas nossas viagens sempre dialogávamos em conversas de elevada amizad...

Sapateiros do Passado

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  E que foram muitos os que tivemos e de elevada classe com todo o seu serviço artesanal, assim como alguns dos mais conceituados, já nesses tempos apresentavam máquinas para coser tudo o produto que para tal, se tinham comprometido fazer como “ As botas, sapatos, botins e planas”, que era na realidade o seu principal fabrico e em quantidades e por medida, depois do pé do cliente, pousar com ou sem meia, no papel de mata-borrão, que se estendia no chão ou encima da mesa ou cadeira e com o lápis circulava, todo o pé para encontrar a forma desejada, assim como o feitio e cor da pele desejada pelo cliente. Nas botas de atanado, que eram as que mais se faziam, porque se usavam diariamente, nas Empresas nos matos, nos campos, atendendo à sua robustez e segurança que lhe era conferida por estes esmerados “ Sapateiros “,que as manuseavam com mãos fortes e hábeis, depois de espetarem a sovela no calfe ou couro, assim como naquela dura sola de pneu de avião, depois de ter recebido aquele li...