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O "Zé Caveira"

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  Quem foi o Zé Caveira? Era um ser humano que chegou a Cambra, vindo dos lados de Arouca, muito humilde, honesto, trabalhador, mas sem se saber corretamente qual era a sua verdadeira filiação e origens. Parou e ficou na nossa terra, por longos anos do seu viver, servia-se muito do seu maior amigo o “ Té “, e da caridade e do bom coração da população, mas muito mais da Tia Rosa da Pinha, que em horas mais difíceis do seu dia-a-dia, lá estava ela, sempre pronta com a sua oferta da malga da sopa. Não tinha guarida certa, no seu vestuário era do mais simples, camisa, calças e sempre descalço, fazia recados nas mãos e muito mais na sua cabeça, com cestos ou cabazes, ele estava sempre presente a troco de umas moedas de um escudo, que o fazia sempre sorridente e simpático para com os clientes, que o convidavam para esses serviços de entrega ao domicilio e quando não tinha compromissos do género, estacionava na Tia Rosa da Pinha, ou Tio Joaquim da Benvinda, porque estes eram, sem qualquer...

António Ferreira da Silva, o "Patarreco"

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Um coração benévolo, um grande marido e pai sempre presente, na sua Oficina de Sapataria e mais tarde se ligou à Restauração, dando motivo ao seu entusiasmo aquando a sua esposa “ Dona Alcinda”, trabalhava na Adega Masocay, começaram por explorar para mais tarde fundarem a ADEGA 21, na rua de Santo António, que ainda hoje está ao serviço da população e outros, com os seus familiares. Memorar hoje esta figura que é muito digno de ficar em consciência do passado e como tal em lembrança, pela sua fidelidade que sempre prestou aos seus e a toda a comunidade, que com ele, conviveram diariamente como o foi o caso pessoal, durante tantos anos na sua sapataria no “ Velho Mercado Municipal”, que era mesmo defronte ao meu local de trabalho e que mais para tarde sempre me acompanhou por vários lugares da Serra da Gralheira e muitas também na travessa Antero Quental no Porto, ao conceituado fornecedor e amigo o Senhor NINA e que nas nossas viagens sempre dialogávamos em conversas de elevada amizad...

Sapateiros do Passado

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  E que foram muitos os que tivemos e de elevada classe com todo o seu serviço artesanal, assim como alguns dos mais conceituados, já nesses tempos apresentavam máquinas para coser tudo o produto que para tal, se tinham comprometido fazer como “ As botas, sapatos, botins e planas”, que era na realidade o seu principal fabrico e em quantidades e por medida, depois do pé do cliente, pousar com ou sem meia, no papel de mata-borrão, que se estendia no chão ou encima da mesa ou cadeira e com o lápis circulava, todo o pé para encontrar a forma desejada, assim como o feitio e cor da pele desejada pelo cliente. Nas botas de atanado, que eram as que mais se faziam, porque se usavam diariamente, nas Empresas nos matos, nos campos, atendendo à sua robustez e segurança que lhe era conferida por estes esmerados “ Sapateiros “,que as manuseavam com mãos fortes e hábeis, depois de espetarem a sovela no calfe ou couro, assim como naquela dura sola de pneu de avião, depois de ter recebido aquele li...

Lavoura em Castelões

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  No passado era muito fértil em todos os lugares e sítios da Freguesia, com o esforço e bastante suor dos homens e mulheres, assim como as maravilhosas juntas de bois que pela madruga e durante todo o dia arduamente amanhavam as suas terras e muitas das vezes estes bois e seus donos eram também convidados, para o lavrar das mesmas pagando por tal, os seus esmerados serviços. Esta lavra é na zona de Coelhosa, mesmo junto ao rio Vigues e o parque que nas quadras festivas à nossa Senhora da Saúde os “ Caramuleiros e Ciganos, ocupavam e muitas das vezes até ficavam por mais uns dias na terra”. Estes solos de Castelões, devidamente bem trabalhados, pelos seus donos, filhos e alguns com criados e criadas, assim como muitas das propriedades mais extensas, eram entregues aos caseiros que apareciam de vários pontos do País, mas muito mais dos lados de Cinfães, Castelo de Paiva e Arouca, que largos anos as transformavam em condições dignas de uma critica positiva e com produção elevada no s...

Atletas Cambrenses

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 E foram muitos que após terem iniciado nas Estradas, nas Escolas e mesmo em campos de Futebol, sem as mínimas condições para a prática do mesmo, testemunhavam em si próprios, o amor por esta modalidade. Depois de terem envergado as camisolas do nosso Valecambrense, alguns trocaram por outras de topo, a nível do País, usando as cores do Casa Pia, Benfica, Porto, Beira-Mar, Feirense, Oliveirense, Rio Ave e Sanjoanense. E mais houveram também quem troca-se as cores da camisola, noutras localidades do País em Competições de Divisões Inferiores, após alguns meses de terem sido “ Campeões no seu clube, nas categorias de Juvenis, juniores, reservas e mesmo nos seniores, que começaram a partir dos dos anos de 1965, deixando as melhores impressões para nós Valecambrense, mesmo quando alguns destes conceituados atletas prestavam o seu serviço militar em localidades e fizeram parte dessas mesmas equipes locais, para manterem a sua forma como atletas oficiais e ao abrigo militar, que lhes era...

Valecambrense no Passado

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 Esta foto, mostra alguns jogadores que fizeram parte do glorioso, assim como o seu treinador na época o maravilhoso “ Zé João e o competente diretor saudoso senhor Alceu Ferreira”. Que aguardavam junto da então sede do clube que era no Café do senhor Saúl Lima e que se preparavam para dar entrada nas Camionetas do Caima, para mais um encontro a realizar, depois de termos deixado a Pensão Cambrense, pela estágio que ali, nos era obrigatoriamente indicado para todos aqueles jogos considerados mais difíceis, pela direção e com o sempre, pelo dinamismo do senhor Presidente saudoso senhor António Ribeiro, que se dedicava em horas vagas a esta coletividade como uma elevada paixão, nos anos de 1962 até 1966/67, levando-o à III Divisão Nacional, sempre contando com o apoio dos restantes Diretores, mas sem qualquer dúvida o mais impulsionador a destacar, foi sempre o saudoso  senhor ALCEU FERREIRA. Passaram o seu testemunho em Janeiro de 1966, ao Ver. Padre Joaquim de Oliveira Mauríci...

Continuando com a Rua Dr Domingos de Almeida Brandão

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  Uma artéria onde se convivia com tradições, amizades, muita puras e perfeitas, como se de uma família se tratasse. Hoje, ainda me lembro da minha humilde infância ver ouvir e a chamar pelo saudoso “ MERCADO MUNICIPAL “, assim como a alusão aos logísticas que vendiam de tudo e pretendia-se, com essa referência distinguir as características  comerciais e suas moradias que diferenciavam  os locais dos estabelecimentos em todos os lados que faziam o retângulo do mercado e das suas artérias, tomando como ponto de partida as quatro entradas das ruas envolventes. Iniciando debaixo até à atual Avenida Camilo de Matos, e pela nossa direita, tínhamos a “ Quinta do Novo Rico, senhor Silva de Macinhata”, depois a casa da Dona Malvina Cubal, que nos seus fundos existia a famosa tasca e mercearia da Tia Guida Batista e sua família, mais tarde no andar de cima passou a ser a primeira Escola de Condução de Vale de Cambra, fundada pela de Oliveira de Azeméis, como sua filial, depois a s...