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Memorar a Rua Doutor Domingos de Almeida Brandão

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Memorar a rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, descrevê-la como era nesse passado. “ O TALHO DO TOMAZ GOMES “, nos anos vinte, no prédio da Casa de Areias, e que a sua renda era paga à dona Marianinha por cento e cinquenta escudos mensais. E foi aqui, além do Matadouro, que aprendi a arte que pelo “Catedrático meu pai“, me foi incutida após o meu concluir da quarta classe, no ano de 1951, e que exigentemente até à minha ida para o serviço Militar no ano de 1960, tantas vezes me era dito: “não estou a pedir, mas sim a mandar“. Depois de ter cumprido o meu dever como militar, nas Caldas da Rainha e na província do Ultramar “ Angola” ,casei, e em Janeiro de 1964, por acordo mútuo com o meu pai e com a promessa de quinhentos escudos mensais, para ele, tomei conta deste que era o seu Talho. E que, arduamente e juntamente com a minha esposa, meus irmãos, Tomaz, Maria, Lucília e a empregada Maria do Pintalhão, movimentava-mos no Matadouro todo o gado que eu, já necessitava para o consumo d...

Café Avenida

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 O seu fundador, ANTÓNIO DE ALMEIDA “Pranta”,passados anos, ficou seu filho Delmiro Henriques d'Almeida. Administrando com elevados conhecimentos adquiridos ao nível da poderosa Industria de Latas e Madeiras que foi o “ALMEIDA & FREITAS Lda. que nessa época era conceituada a nível Nacional como uma das mais completas e de enorme eficácia do País. Ordenava o seu movimento com primoroso serviço e elementos com elevados conhecimentos no ramo, como o eram: A dona Luciana e o Senhor João Gomes. Tendo no ano de mil novecentos e quarenta e cinco o Senhor Leonel Henriques de Almeida, na companhia de mais dois sócios, Alberto Henriques (Padaria) e Benjamim Freitas. Seguiram hábitos e costumes, pois continuaram a usar os fundos da casa do senhor “Almeida Pranta”, para a recolha e armazenamento dos vinhos vindos de vários pontos do Concelho, assim como o famoso branco de Conlela, (hoje essa adega é os CTT). Estes vinhos vindos dessas terras de Conlela, Bispeira, Quintas e Casal Velide: Er...

Sapateiros, Tamanqueiros e Engraxadores

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Longos vão os anos que, em oficinas de sapateiros, tamanqueiros e nas esquinas dos cafés, e até mesmo à saída das missas, engraxadores com sua caixas de madeira feitas a propósito para tal efeito, com tinta anelina de duas cores assim como a pomada, escovas para a cor de cada sapato e o pano para o brilho dos mesmos, que em mãos h ábeis os faziam cantar ao sabor de musicas românticas das épocas. Sapateiros: eram muitos na nossa terra, que primavam a cortar as peles e as solas ao gosto do cliente, feitio, que recebia as suas formas de madeira, após ter sido gaspeado, pregado e cosido todo à mão, com fio feito a propósito depois de ter passado varias vezes pela sua perna, direita ou esquerda do artista e no final lhe passar a cera especial, para ser devidamente cosido com a sovela e apertado com elevada força pelos braços do ser humano, até que as suas mãos deixassem marcas e calos por longos anos a fazer esse serviço a coser as solas. Tamanqueiros: não eram muitos, mas existiam a...

Rio Caima e Suas Cheias

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  Rio, que nestas épocas toda a sua água era límpida e que foram muitas as vezes que a mesma se usava para nos matar a sede, em momentos quando tomávamos banho, ou na apanha dos peixes que se escondiam debaixo das pedras e que as mesmas nós os avistávamos com claridade e que mergulhávamos sempre com a intenção de os apanhar, mas tornava-se sempre mais fácil, então optávamos em fazê-lo com a estaca dos feijões, um fio d o norte e o anzol, e assim se apanhavam belas b ogas, barbos e trutas deste feiticeiro RIO CAIMA. Depois, com o aproximar das suas desovas, começávamos por construir as “ chamadas cascalheiras”, feitas em pedras com uma abertura ao cimo e outro no fundo que recebia um saco de serapilheira, com a boca aberta e um pouco de estaca na sua abertura, para receber a entrada em quantidades, depois de termos chicoteado com um vime aquele cardume que se preparava para a suas desovas. “ Eram somente b ogas “, que preparadas pelos nossos pais e fritas em molho de banha de ...

Matadouro Municipal - A minha Universidade

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  Já antes da minha inscrição de matricula neste e stabelecimento de ensino, transportava de vários lados, mas muito mais do meu habitar em Areias, Vitelas, Carneiros e Cabritos, com os meus irmãos mais velhos, até este local para o seu abate. Então após o meu exame da 4ª classe, meu pai indicou-me este caminho, semanal e em dia de matança, para junto com os meus irmãos, concluir os estudos na Universidade, dos quais ele, eram o principal catedrático. CAMBRA, consumia legalmente nos talhos, mais vitelas, muito poucos CARNEIROS e menos Cabritos, mas como a procura destas deliciosas carnes, de vitela e cuja na sua maioria eram compradas e abatidas pelos Talhantes do Concelho, que nesta época eram dezasseis e que mais para tarde apareceram mais alguns principiantes neste ramo, nos diversos lugares de: Vila-Chã, Fuste, R ô g e , Vilarinho, Lombela, Martír, Macinhata, Dairas, Granja, Relva e Campo de Arca. E todo aquele talhante que não sabia amanhar o seu gado, “entregava-o à Tia Qui...

Pensão Bastos, o Cinema e a Escola Primária

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Era no Largo da Gândra e Caminho das Regadas (hoje rua do Hospital). Tudo isto são coisas do passado, que hoje recordo com elevada emoção, porque foram momentos marcantes pela sua simplicidade, assim como pela forma que éramos todos examinados pelos professores, assim como atendidos na bilheteira e no balcão da mercearia e mesmo no da tasca, quando nos serviam as famosas “ Pataniscas de bacalhau, dentro de um pão pela módica importância de quinze tostões , que também podiam ser acompanhadas, pela cerveja, larangina C, ou Buçaco, que simpaticamente nos era servido pelo saudoso senhor Constantino Copa, filhos e filhas, antes da entrada, ao intervalo, ou saída do Cinema. Pensão de esmerado serviço e excelente gastronomia, e que muitas vezes aos Domingos, da parte da tarde, nos era oferecido como convite umas valsas ou tangos, ao sabor de um gravador ou gira-discos, na sala de refeições. A maioria dos dançarinos eram de terras de São João da Madeira e Oliveira de...

Poste das 4 Luzes

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Anos 30/40  Este poste inicialmente era em ferro-forjado, lindamente trabalhado e com quatro lâmpadas normais, que centrava as Estradas Nacional nº. 224 (hoje Av. Infante D. Henrique), com a Av. Combatentes da Grande Guerra (hoje Av. Camilo Tavares de Matos), como indica a foto das feiras 9 e 23, e como já existiam nessas épocas carros de aluguer, junto ao Café Avenida e Notário Doutor Landureza , sendo na sua maior frota, do senhor “Vista Alta“, com as arrastadeiras, foi também colocado pela então Câmara, outro poste mas de duas lâmpadas e todo igual, defronte dos comércio do senhor Agostinho Cubal , Joaquim da Benvinda e Café Avenida, que o mesmo no seu tronco recebeu uma caixa feita em folha de Flandres, com as cores de verde e preto, cujo os seus dizeres eram de “TAXIS“, Ferreirinha (Bispo) e que indicava o seu contacto para o serviço de carro de aluguer. Anos 80 Tudo se passou nos anos de 50 a 60, porque esta foto do poste representa só os anos 80, e que representa ainda o se...