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A primeira tipografia de Cambra

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E foi este também “o pioneiro tipografo em nossa terra“, de nome senhor Arlindo Ribeiro, sendo mais tarde tratado e mais conhecido entre nós por “ Arlindo da Tipografia “, que veio de terras de Carrêço – Viana do Castelo, pela mão do saudoso e muito amigo, senhor Fernando Bastos da casa de Areias, para iniciar na Rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, a primeira Tipografia de Vale de Cambra, que se passou a ter o seu símbolo como “ Gráfica Cambrense”. Este conceituado Tipógrafo, chegou com sua família e foram habitar no “Vale, casa do senhor Domingos Serralheiro”, aqui permaneceram longos anos, e rapidamente começou por adquirir amizades e a ensinar o seu saber a alguns Cambrenses, ainda jovens e desses alguns aproveitaram o seu ensinamento e hoje continuam na arte por ele ensinada. Este senhor Arlindo, começou por frequentar clientes desde Arouca a Sever do Vouga, com pedaleira, motorizada e mais tarde carrinha, o seu patrão Fernando Bastos, confiava nele toda a sua totalidade, os e...

O alegre e divertido Amândio Cerieiro!

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Este saudoso era natural da RABACEIRA – CASTELÕES, solteiro, e a sua profissão era um conceituado Entalhador-Carpinteiro. Mais tarde emigrou para o Brasil, onde permaneceu longos anos e regressou às suas origens, mas com alguns problemas de saúde, que o impediram de continuar no serviço que ele tanto gostava. E em certas quadras do tempo, ele saia de sua casa e vinha até à Vila, nunca deixava de trazer com ele qualquer coisa para o entusiasmar, mas principalmente eram ramos ou flores . Parava na rua ou em qualquer estabelecimento e tinha sempre o cuidado e educação de oferecer a uma mulher ou menina e dizia: “Este ou esta flor é para a menina mais bonita de terras de CAMBRA“ … Foram muitas as vezes que ele se dirigia ao Salão de Festas “ Almeida & Freitas, sempre bem vestido e convidava uma ou outra menina, para dançar e gentilmente ia ao bolso do seu paletó ( casaco), retirava o lenço e colocava-o no ombro da madame para não sujar o seu vestuário. Ausentava-se sempre num jeito de...

Momento alto do nosso Valecambrense (1962-63)

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  Foi no Campo das DAIRAS, que na final disputaram com A.D.VALONGUENSE, no dia 28 de Abril de 1963, empataram por 2-2 e tornaram-se Campeões da II Divisão Distrital de Aveiro. A Direção era constituída : Pelos dinâmicos e saudosos António de Almeida Ribeiro (Sobrinho), Alceu Ferreira e outros, mas estes foram os mais criativos, nas obras do campo e na aquisição de treinador e alguns jogadores, enquanto se aguardava as aquisições necessárias para a constituição da equipa, tiveram a ajuda do competente desenhador, que tinha vindo dos lados do Porto, para a Firma Arlindo Soares de Pinho Ldª, que foi o saudoso e amigo António Domingos Lage, que em suas horas vagas e com algum conhecimento, muito contribuiu no campo das Dairas, para que do “ Desporto- Rei “, levando-o a ressuscitar … O treinador apareceu, foi o saudoso José Tavares, que tinha passado pelas fileiras durante longos anos na União Desportiva Oliveirense e trouxe consigo, também um prestigiado guarda-redes, “o Bernardo“ . O ...

O Interior do Mercado Municipal (Anos 50)

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Memorizar, passadas tantas décadas, aquele que foi o nosso Mercado Municipal, desde o ano de 1925, trabalhava aos sábados e domingos, assim como nos dias 9 e 23 de cada mês. Aqui, neste interior tinha todo o tipo de comércio geral, aos dias de feira e nos restantes dias, só trabalhava pela manhã. Mais tarde se realizava ali todo o tipo de eventos, e sempre com a esplanada do café avenida a funcionar diariamente em horários normais, apresentava sempre ao seu estimado público umas merendas, almoços e jantares sempre bem confeccionados pelo seu dono e filho Orlando, acompanhado pelos empregados da época os saudosos senhor João Gomes e Álvaro. Nas horas vagas se entretinham a jogar umas cartas e dominó. Estas fotos, sou eu e o saudoso António do Alceu, no ano de 1958. Passou-se uma linda Feira Popular, com representação das melhores empresas da época e comércios, enormes festas e cantares vindo de todos os lados do país e inclusive tivemos um ringue para combates de boxes, se porventura o ...

Conservadores de Outrora

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  Num Mundo que se julga destinado a atravessar os umbrais da eternidade, fadado para grandes destinos, a morte é um tabu vergonhoso – eu represento um mundo cheio de mortos, de pessoas que amei e que foram desaparecendo até não restarem senão retratos e eu próprio como testemunha desses tempos. São pessoas amáveis, mas desaparecidas; sou um sobrevivente da minha própria vida e sou um conservador que sempre vivi de acordo com a natureza e com o antepassado. Falar hoje desta que foi a primeira Estalagem em Vale de Cambra, gerida nessa época, pelo dinâmico gerente, senhor Firmino Valente da Silva Matos, situada na então Avenida dos Combatentes da Grande Guerra (hoje é Avenida Camilo Tavares de Matos), anos passados esta mesma estalagem passou a ser dirigida pela família “ ZÉ GLÓRIA “, alterando o seu símbolo com um lindo galo em ferro forjado à entrada da sua porta principal, a anunciar a Pensão Vale do Caima, que passou a servir toda a clientela de imensa amizade e com gastronomia d...

O Itelectual

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  BARBEIRO DA AGUALVA Na sua humildade, sempre acompanhada de respeito e sabedoria. Sempre que ele tinha necessidade de vir à sua sede de concelho, tratar de assuntos ligados à sua vida profissional, eram dias de festa. Por vezes ficava por alguns dias, nos comeres e beberes, nas melhores casas de pasto, ou pensões, da nossa vila. Era pessoa comunicativa, dialogava lindamente, com esmerada educação, para com todo o seu semelhante, mas por vezes excedia um pouco na bebida, que o tornava castiço e com frases repletas de muita alegria em tudo o que se apresentava para dizer. Partiu, mas deixou como memórias, histórias importantíssimas, como: “Esta de um dia aparecer junto das portas da sede do concelho, e na devida altura o seu Presidente era o saudoso doutor “ Armindo de Matos, (Farmácia Matos), e ele proclamava, mas em voz alta“ : “ ESTE GOVERNO É UM LADRÃO “. Chamou à atenção das autoridades locais, que levou a GNR, a comunicar o acontecido ao Senhor Presidente que de imediato apar...

Futebol nos anos 50/60

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  Recordar é viver, para quem se lembra desta “Académica de Cambra“, que além destes craques existiam muitos mais, que honraram estas cores e a sua terra. A Académica surgiu nos anos anteriores aos torneios organizados e já deixava nessas épocas a sua classe e forma de jogar, pois já era constituída por elementos de algum conhecimento no mundo do futebol, não tinham salários e a sua direção eram mesmo todos os atletas que envergavam estas cores de paixão de alguns estudantes que frequentavam a Universidade em Coimbra e daí as mesmas cores da briosa. Foram fracassando lentamente, por falta de organização e dinheiros para suportar as despesas necessárias à sua continuação nos campos pelados, que eram os que mais se usavam  nessas épocas. E seguiu-se o Despertar, apoiado dinamicamente pelo Armindo Ferreira Salvador, com equipamento totalmente branco e com alguns elementos de prestígio a acompanhá-lo numa divisão que sua tia “ Zulmira da Pensão Cambrense” lhe facilitou graciosame...